O anúncio foi realizado por Riedel hoje, em coletiva de imprensa, após solenidade de assinatura da liberação de R$ 48 milhões em emendas parlamentares, que serão destinadas para as áreas de saúde, assistência social, educação, cultura, entre outras, no Mato Grosso do Sul.
Sobre a UFN3, o governador destacou que espera definir as estratégias junto com os órgãos responsáveis para a retomada, que deve ser assumida pela Petrobrás.
Lembrando que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado na semana passada pelo governo federal, prevê a retomada da construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3).
Mato Grosso do Sul receberá o montante que chega a R$ 44,7 bilhões, superando previsões e expectativas.
Em escala nacional, o Novo PAC vai investir R$ 1,7 trilhão em todos os estados, sendo R$ 1,4 trilhão até 2026 e R$ 320,5 bilhões após 2026.
Os investimentos do programa têm compromisso com a transição ecológica, com a neoindustrialização, com o crescimento do País e a geração de empregos de forma sustentável, informa o Governo Federal.
Desse modo, o Estado se mostra otimista com relação aos recursos e à retomada e conclusão da fábrica, que deve causar um impacto positivo para o setor, principalmente na redução dos custos de produção e na autossuficiência em adubos nitrogenados.
Relembre o caso da UFN3
A UFN3 é uma unidade industrial de fertilizantes nitrogenados localizada em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul.
A construção da UFN3 teve início em setembro de 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014, com avanço físico de cerca de 81%.
A unidade integrava um consórcio composto por Galvão Engenharia, Sinopec (estatal chinesa) e a Petrobras. Quando foi lançada, a planta estava orçada em R$ 3,9 bilhões.
Os responsáveis pela Galvão foram envolvidos em denúncias de corrupção durante a Operação Lava Jato, e com isso as obras foram paralisadas. A Petrobras absorveu todo o empreendimento desde então.
O processo de venda da indústria teve início em 2018, com a Araucária Nitrogenados (Ansa), fábrica localizada na Região Metropolitana de Curitiba (PR). A comercialização em conjunto inviabilizou a concretização do negócio.
Em meados de 2019, a gigante russa de fertilizantes, Acron, havia fechado acordo para a compra da empresa. O principal motivo para que o contrato não fosse firmado na época foi a crise boliviana que culminou na queda do ex-presidente Evo Morales.
Já em fevereiro de 2020, a Petrobras lançou uma nova oportunidade de venda da UFN3. Dessa vez, a estatal ofereceu ao mercado a unidade de forma individual.
As tratativas só foram retomadas no início de 2022, com o mesmo grupo russo.
Após concluída, a unidade terá capacidade projetada de produção de ureia e amônia de 3.600 toneladas/dia e 2.200 toneladas/dia, respectivamente.
Logo, o empreendimento passou a ser estratégico para ajudar a suprir a demanda por fertilizantes no País e principalmente para trazer desenvolvimento para o Estado.
Agora, em 2023, foi anunciado o fim do processo de comercialização da indústria.
Neste ano, em 24 de janeiro, a estatal anunciou o fim do processo de comercialização da indústria.
A fábrica está quase 81% concluída e deve receber aporte de R$ 5 bilhões (US$ 1 bilhão) para sua conclusão.
FONTE: Correio do Estado