Secretário destaca importância de antecipação e resolução de problemas com árvores em municípios, para evitar estragos maiores em vendavais
Após os casos de vendavais que deixam a população sem energia elétrica, principalmente em consequência da queda de árvores, a exemplo do ocorrido em São Paulo recentemente e dos estragos em Campo Grande há cerca de um mês, o Governo de MS se prepara para amenizar tais danos.
Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a situação das árvores localizadas em espaço urbano precisa mudar o quanto antes.
“Nós lançamos há uns 3 anos atrás, o Manual de Organização Municipal. Então, o primeiro ponto é saber onde plantar e que tipo de árvore plantar. Essa é uma questão fundamental. Quando começa o novo loteamento, a ideia é que as prefeituras adotem esse manual que o estado fez para indicar quais são as árvores adequadas”, disse.
O secretário pontuou, ainda, a importância de podas serem realizadas em períodos adequados, algo que é competência do município e não de empresas de energia.
Nós temos que ter um cronograma de antecipação desse processo, para que quando ocorra os vendavais, que sempre vão ocorrer, a gente não tenha essa queda de energia substancial não prejudicando não só as pessoas, mas também hospitais e atividades produtivas. Então esse é um ponto importante que a gente quer tratar com os municípios”, completou.
A entrevista com Verruck ocorreu durante o Encontro Estadual de Secretarias de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, realizado nesta quarta-feira (8), no Bioparque Pantanal.
Tudo isso é pensado após os casos em que populações ficaram dias e até semanas sem energia.
No dia 20 de outubro, o município de Campo Grande teve dezenas de notificações e problemas em razão de quedas de árvores, após vendaval.
À época, muitas árvores estavam energizadas. Logo, a população não podia desobstruir nenhuma via ou trabalhar com qualquer ação por contra própria, em razão dos riscos.
Apenas durante a madrugada desse dia, foram cerca 57 atendimentos por falta de energia e quedas de árvores.
Conforme a Defesa Civil, as árvores derrubadas foram as causadoras dos maiores estragos, com parte elétrica afetada e estragos causados também em residências.
No caso de São Paulo, ventos com mais de 100 km/h na última sexta-feira (3) deixaram um rastro de estrado na capital paulista.
O prefeito destacou a excepcionalidade do fenômeno, que resultou em 1.400 chamados relacionados a ocorrências com árvores.
“Para a gente ter uma ideia do que aconteceu, só no Parque do Ibirapuera caíram 128 árvores. Foi um evento extraordinário e estamos aqui trabalhando muito para restabelecermos o quanto antes”, disse Nunes.