O cabo da PMMS, de 37 anos, (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), denunciado pela própria cunhadae também sargento da PM, de 38 anos, enviou mensagens à ela após as denúncias feitas na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) e na Corregedoria. Prints das mensagens foram apresentadas após ela e familiares prestarem depoimento. Nesta terça-feira (15), ele foi transferido do BPMTran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar) para o 1º Batalhão, no Centro.
Segundo a delegada Ana Paula Ferreira, no conteúdo das mensagens o cabo não confessa as acusações de importunação sexual, mas pede desculpas várias vezes e diz que “deixou se envolver”.
A esposa do cabo, e irmã da vítima, também foi ouvida na delegacia e relatou que ficou sabendo pela mãe, após a sargento ter desabafado sobre a situação. “Ela disse que depois de não aguentar mais e ter ficado mal, decidiu contar para a mãe das duas”, afirma a delegada.
A mãe, então, teria escrito uma carta para contar à filha sobre o ocorrido, por não ter coragem de falar pessoalmente. No dia do fato, os dois estariam sozinhos na residência da vítima.
No dia 17 de janeiro, o cabo foi transferido do Cefap (Centro de Ensino, Formação e Aperfeiçoamento de Praça), onde estava lotado, para o Batalhão de Trânsito. Ambas as transferências foram “por necessidade de serviço”, segundo publicado no Diário Oficial de MS.
Relembre o caso
O caso de importunação sexual foi registrado pela sargento no dia 10 de janeiro contra o cunhado, afirmando que ele teria passado as mãos em sua perna, na sua residência, e que ainda teria retirado a arma de sua cintura e colocado em cima da mesa. A policial também levou o caso até a Corregedoria.
O cabo acusado de importunação sexual procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência por calúnia contra a sargento, desmentindo as acusações feitas por ela. Ele afirmou que nunca a importunou e que no dia em que ela diz ter ocorrido o fato, ele passou rapidamente na casa dela, conversou e foi embora. O cabo ainda falou que sempre foi convidado a entrar na residência da cunhada e que nunca ocorreu nada.
A Corregedoria da Polícia Militar informou, à época, ao Jornal Midiamax, que: “A Corregedoria da PMMS tem conhecimento do caso e existe um inquérito Policial Militar em curso para investigar as informações constantes na denúncia.”
Fonte: Mídia Max.