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Jovem inventa estupro coletivo para esconder do pai sexo com rapaz que conheceu na web

Uma jovem, de 18 anos, foi autuada por falsa comunicação de crime após alegar ser vítima de um estupro coletivo em Guarujá, no litoral de São Paulo. A garota, na verdade, não queria contar ao pai que havia mantido relações sexuais com um rapaz que conheceu na internet. A informação foi confirmada pela Polícia Civil nesta terça-feira (2).

O caso tornou-se alvo de investigação da polícia depois que o pai da jovem, um vigilante, registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento da filha, que ficou incomunicável por pelo menos dois dias. Ela retornou para casa e disse que havia sido sequestrada após ser abordada em um ponto de ônibus.

Na versão inicial contada ao pai, quatro homens ocupando um carro preto a teriam sequestrado. Ela foi colocada no veículo, desmaiou após inalar uma substância tóxica e acordou depois de ser levada até uma comunidade no distrito de Vicente de Carvalho. Em um imóvel no bairro, teriam ocorrido os sucessivos abusos sexuais.

O vigilante fez com que a filha contasse a situação à polícia, na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). A jovem foi encaminhada ao Hospital Santo Amaro para receber medicamento retroviral, para se prevenir de eventuais doenças sexualmente transmissíveis. As roupas íntimas foram apreendidas, e um exame foi solicitado.

No entanto, a jovem não compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) de Guarujá para a realização de exames, e acabou por contar a verdade ao pai e à polícia. Enquanto esteve ausente, ela afirma ter se encontrado com um rapaz que havia conhecido na internet, e que deixou a casa dele expulsa, depois de um desentendimento.

Ela esclareceu, ainda, que mantinha contato com o suspeito há um ano por meio de aplicativos de mensagens, e que, até então, não o conhecia pessoalmente. A garota se aproveitou de uma visita à tia para desviar o percurso, sem avisar os familiares. A intenção era sair de casa devido às brigas com a madrasta.

Diante da reviravolta no caso, a Polícia Civil informou que ela responderá por falsa comunicação de crime, uma vez que mentiu ao alegar o falso estupro coletivo. O jovem citado pela vítima durante depoimento deverá ser ouvido nos próximos dias para ajudar a esclarecer os fatos, que seguem sendo investigados.

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