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MDB tentará nas eleições de 2024 não virar “nanico” em Mato Grosso do Sul

Partido que até 2014 governava o Estado e elegeu 17 prefeitos em 2016 só fez 8 prefeitos em 2020 e hoje conta com apenas 6

O MDB em Mato Grosso do Sul e em nível nacional está vivendo uma situação de queda livre no que se refere ao comando das prefeituras em relação às glórias passadas, mas, para as eleições municipais do próximo ano, a legenda, tanto em nível estadual quanto em nível nacional, tenta traçar uma estratégia para retomar o protagonismo e reconquistar municípios.

Faltando menos de um ano para as eleições municipais, cujo 1º turno será realizado no dia 6 de outubro de 2024, data em que serão escolhidos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, o MDB lidera o número de prefeituras no Brasil desde a década de 1990, mas hoje está em segundo lugar, com 854 cidades, enquanto o PSD chegou a 968 após uma ofensiva do partido para filiar prefeitos eleitos em 2020, principalmente no estado de São Paulo.

No entanto, em 2020, ano do último pleito municipal, o MDB foi a sigla que mais elegeu candidatos a prefeitos, emplacando 797 chefes em cidades brasileiras, sendo seguido pelo PP, com 701 prefeitos eleitos, e pelo PSD, com 662, porém, na comparação com 2016, o partido sofreu uma queda de 23,65%, passando de 1.044 para 797.

Em nível estadual, a sigla também teve redução, de 52,94%, saindo de 17 em 2016 para apenas 8 em 2020, e atualmente esse número caiu ainda mais, para 6 prefeitos.

De acordo com informações obtidas pelo Correio do Estado, o MDB também pretende tomar uma estratégia mais agressiva em MS e, para isso, trocou o comando, substituindo o deputado estadual Junior Mochi pelo ex-senador Waldemir Moka.

Sob nova direção, o partido finalizou os resultados das convenções municipais, que foram realizadas e oficializadas em 36 cidades, também foram homologadas 26 comissões provisórias e outras 17 cidades estavam em processo de montagem de suas respectivas comissões provisórias para que o partido complete 79 municípios.

No entanto, conforme fontes ouvidas pela reportagem, em razão do acordo fechado com o diretório estadual do PSDB em Mato Grosso do Sul, será muito difícil a legenda conseguir lançar candidaturas a prefeito em 62 cidades sul-mato-grossenses e, por isso, já trabalha com a possibilidade de lançar pré-candidatos em 20 municípios e, caso consiga fazer 10 gestores, o resultado das eleições municipais de 2024 será considerado uma grande vitória.

Essas mesmas fontes adiantaram ao Correio do Estado que, no momento, o partido está montando a estratégia para 2024, porém, fazer previsões agora é muito complicado.

O correto, conforme as fontes, é que depois do Carnaval será batido o martelo sobre o pleito do próximo ano, mas o objetivo é recuperar espaço.

As lideranças da legenda sabem que o ex-governador André Puccinelli tem, no momento, a pretensão de disputar a Prefeitura de Campo Grande, mas não é certeza que esse ímpeto será mantido até a convenção final.

“Ele está entusiasmado, mas há uma corrente forte para o PT apoiar a candidatura da ex-deputada federal Rose Modesto [União Brasil] na Capital e isso pode atrapalhar as pretensões dele”, revelou um interlocutor.

Portanto, a princípio, vale o que foi combinado neste ano com o PSDB, ou seja, pelo acordo político costurado entre as duas siglas, onde o PSDB tiver um candidato mais forte, o MDB vai, prioritariamente, coligar e vice-versa, ou seja, onde o MDB tiver um nome mais forte, receberá a coligação do PSDB.

FONTE: Correio do Estado.

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