Com participação da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), prefeitos de todo o país protestaram nos gramados do Congresso Nacional na manhã desta quarta-feira (22) como parte da mobilização nacional liderada pela CNM (Confederação Nacional de Municípios).
“Não tem jeito, tem que ajudar os prefeitos”. Esta foi a palavra de ordem que acompanhou os cerca de mil prefeitos que deixaram as salas do Senado para se concentrarem e manifestarem suas demandas de frente ao Congressol, nos gramados da Praça das Bandeiras.
O vice-presidente da Assomasul e prefeito de Figueirão, Rogério Rosalin, lidera caravana de prefeitos do Estado durante a mobilização municipalista, representando o presidente Pedro Caravina, que não pôde participar em razão de compromissos assumidos anteriormente em Bataguassu, cidade que administra, e no Estado.
A mobilização compõe a campanha “Não Deixem os Municípios Afundarem”, e para ilustrar a realidade municipal, o movimento municipalista alocou um barco inflável no mesmo gramado. E os prefeitos fincam no mesmo chão um barco de papel, em ato simbólico à grave crise que enfrentam, que deixa as finanças municipais prestes a naufragarem.
“A nossa situação está representada naquele barco. Não podemos deixar os municípios afundarem”, disse Ziulkoski, do alto do carro de som, ao lembrar os gestores dos motivos para a grande mobilização em Brasília.
Em seguida, falou aos prefeitos para que se mantenham unidos para mostrar às autoridades a crítica situação dos municípios. “Se tem uma crise no Brasil, ela não foi feita pelos municípios”, frisou o líder do movimento.
Ele ainda reivindicou um tratamento igualitário entre os Entes da Federação. “Que Federação é essa que trata o governo do Estado diferente daquele que está lá na ponta?”, indagou ele.
iversos parlamentares municipalistas compareceram à manifestação e fizeram uso da palavra, quando se comprometeram com a pauta do movimento e confirmaram o as ações em prol da derrubada do veto ao Encontro de Contas. “É assim que vocês fazem as coisas acontecerem. Nós temos um acordo para a derrubada do veto hoje”, contou o senador Wilder Morais (PP-GO).
“A crise coloca como um momento decisório o pacto federativo”, discursou o deputado Bebeto (PSB-BA).
Os presidentes das entidades estaduais também movimentaram o público com suas falas poderosas. Eles reforçaram a importância de se mobilizar. “Nós não temos que fazer movimento dentro de salas com ar condicionado. Temos que fazer na rua”, afirmou o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro.
fonte assomasul.