A prefeitura de Dourados terá que reativar 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Hospital da Vida e mais 10 no HU-UFGD (Hospital da Universidade Federal da Grande Dourados). A medida terá que ser tomada em cumprimento a um pedido da promotora Rosalina Cruz Cavagnolli.
Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a medida tem o objetivo de evitar um colapso na Saúde, tendo em vista o aumento no número de casos de coronavírus e o fato do município atingir 100% a taxa de ocupação dos leitos. A intenção, no entendimento da promotora, é garantir estrutura que atenda a demanda existente.
Conforme a promotora de Justiça, nos últimos dias, foram realizadas várias reuniões e conversas com os responsáveis pela reativação dos leitos de UTI – COVID adulto para fiscalizar quais as providências que estavam sendo tomadas pelos gestores.
Entretanto, segundo ela, como foi verificado que poucas medidas efetivas para a solução da questão foram adotadas, “o Ministério Público Estadual está efetuando petição nos autos de ação civil pública solicitando que o poder judiciário obrigue o município a solucionar o problema”.
No último dia 26, a promotoria recebeu nota do Núcleo Técnico de Apoio Ao Município de Dourados, composto por médicos e outros profissionais da Saúde, que orienta sobre as medidas que devem ser tomadas frente a elevação dos casos de Covid-19. A nota cita a desativação dos leitos do HV e HU e que Dourados possui 18 leitos de UTI adultos para tratar Covid, sendo que nas datas de 24 e 26 de novembro estavam todos ocupados.
A nota do Núcleo Técnico também alerta para a necessidade da contratualização de leitos no Hospital Santa Rita pelo regime de disponibilidade e não produção. Com isso o município pagaria para o hospital manter reservado leitos para pacientes do SUS. No regime atual os leitos da unidade acabam sendo ocupados por aqueles com convênio ou que podem pagar particular.
Os especialistas pedem a reativação dos leitos desabilitados, a contratação de novos leitos de retaguarda, a realização de testagem em massa da população para diagnosticar e isolar aqueles com casos positivos para a doença e a reorganização do sistema de saúde para atendimento de casos suspeitos e confirmados.
A nota entregue ao MPMS também pede providências em relação ao aumento na fiscalização da medidas de biossegurança e evitem a aglomeração, a garantia de estoques de EPIs, a suspensão de atividades presenciais não essenciais da Prefeitura. Os técnicos também querem que o toque de recolher seja adotado a partir das 21h.
O secretário municipal de Saúde de Dourados, Jackson Farah Leiva foi procurado pelo Midiamax para falar das providência a serem tomadas, mas até o momento na se manifestou. Em virtude do decreto de ponto facultativo e do feriado, o expediente nas repartições públicas só será retomada na próxima quarta-feira (9).
FONTE:DA HORA BATAGUASSU