Senadores de MS engrossam pedido de CPI da Previdência
A ideia é abrir os números para endossar ou refutar o discurso sobre o rombo nas contas do governo
Depois de assinar o requerimento de urgência para tramitação do Projeto de Lei que quer instituir o fim do foro privilegiado, senadores de Mato Grosso do Sul cedem ao apelo popular e assinam o pedido de abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Previdência, proposto pelo senador Paulo Paim (PT/RS).
A reforma da Previdência, cujo texto proposto pelo Governo estabelece idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos, entre outros pontos é alvo de protestos em todo o país.
Os senadores Waldemir Moka (PMDB), considera que o alegado “rombo da Previdência” precisa ser exposto ao país. “Acho a CPI, entre outras questões tem essa finalidade, servirá para aferição de números e para identificar os pontos chave dessa reforma. Tem que abrir mesmo essa questão e mostrar números. Tem coisas misturadas na previdência que não deveriam estar”, disse o parlamentar.
De acordo com o Governo, a Previdência registra rombo crescente: gastos saltaram de 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto), em 1997, para projetados 2,7%, em 2017. Em 2016, o déficit do INSS chegou aos R$ 149,2 bilhões (2,3% do PIB) e em 2017, está estimado em R$ 181,2 bilhões. Os brasileiros estão vivendo mais, a população tende a ter mais idosos, e os jovens, que sustentam o regime, diminuirão.
Moka disse ainda que considera a reforma necessária, mas diverge dos pontos estabelecidos pelo Governo. “Analisando texto como está, tenho sérias dificuldades de votar essa proposta, quando não se estabalecem diferenças entre segmentos de trabalhadores, por exemplo. Querer comparar um trabalhador braçal e um de escritório, exigindo-se de ambos o mesmo tempo de contribuição não está certo. Muitas coisas precisam ser levadas em consideração. Não da pra votar sem analisar essas especificidades”, advertiu.
Fonte:www.campograndenews.com.br